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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Burros Motivados!


A revista ISTO É publicou esta entrevista por Camilo Vannuchi.

O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.
Em "Heróis de Verdade", o escritor combate a supervalorização das Aparências, diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.

ISTOÉ – QUEM SÃO OS HERÓIS DE VERDADE?

Roberto Shinyashiki -- Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe.
O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura.
Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes.
E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados.
Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa.
Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes.
Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros.
São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.

ISTOÉ -- O SR. CITARIA EXEMPLOS?

Shinyashiki -- Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem.
Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito "100% Jardim Irene". É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana.
Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata?
Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.

ISTOÉ -- Qual o resultado disso?

Shinyashiki -- Paranóia e depressão cada vez mais precoces.
O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece.
A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos.
Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas.
Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.

ISTOÉ - Por quê?

Shinyashiki -- O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento.
É contratado o sujeito com mais marketing pessoal.
As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.
Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa.
Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei-a na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.

ISTOÉ -- Há um script estabelecido?

Shinyashiki -- Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um Presidente de multinacional no programa O aprendiz? "Qual é seu defeito?" Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar".
É exatamente o que o Chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido?
É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.
O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse:
"Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir".
Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?

ISTOÉ -- Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?

Shinyashiki -- Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento.
Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência.

CUIDADO COM OS BURROS MOTIVADOS.

Há muita gente motivada fazendo besteira.
Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado.
Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão.
Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado.
Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia.
O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.

ISTOÉ -- Está sobrando auto-estima?

Shinyashiki -- Falta às pessoas a verdadeira auto-estima.
Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa.
Antes, o ter conseguia substituir o ser.
O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom.
Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer.
As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam.
E poucos são humildes para confessar que não sabem.
Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim.
Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.

ISTOÉ -- Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?

Shinyashiki -- Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis.
Quem vai salvar o Brasil? O Lula.
Quem vai salvar o time? O técnico.
Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta.
O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia:
"Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham".
Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia.
Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo.
A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

ISTOÉ -- O conceito muda quando a expectativa não se comprova?

Shinyashiki -- Exatamente.
A gente não é super-herói nem super-fracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso.
Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram.
A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.

ISTOÉ -- Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?

Shinyashiki -- Tenho minhas angústias e inseguranças.
Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente.
Há várias coisas que eu queria e não consegui.
Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos).
Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos.
Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse.
Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo.
O resto foram apostas e erros.
Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo.
Um amigão me perguntou:
" Quem decidiu publicar esse livro?"
Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu.
Não preciso mentir.

ISTOÉ - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?

Shinyashiki -- O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las.
São três fraquezas.
A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança.
Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram.
Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno.
Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards.
Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates.
O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.

ISTOÉ -- Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?

Shinyashiki -- A sociedade quer definir o que é certo.
São quatro loucuras da sociedade.
A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais.
A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias.
A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder.
O resultado é esse consumismo absurdo.
Por fim, a quarta loucura:
Você tem de fazer as coisas do jeito certo.
Jeito certo não existe!
Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.
Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.
Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.
Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema.
Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.
Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte.
A maior parte pega o médico pela camisa e diz:
"Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz".
Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada.
Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.

Tracing Back


Existem momentos em que o passado e o presente se entrelaçam numa harmônica dança da eternidade, trazendo à tona situações e ensinamentos que podem mudar o incerto futuro.
Um descuido, um desvio, uma troca de trilhos... nostalgia.

Decidi repostar alguns de meus textos antigos aqui... portanto qualquer diferença na tônica das narrativas bem como na forma de escrita e desenvolvimento de linha de raciocínio está desde já explicada... Tentarei manter a integridade dos textos intacta e procurarei manter as mesmas imagens originais, embora algum adendo não esteja completamente fora de cogitação. Os posts antigos estarão com um asterisco no início do título para facilitar a identificação.

Bom, o importante é que as linhas com as quais Deus escreve nossa história sejam endireitadas pelas cuidadosas mãos do destino. Acreditar nisso? não sei... sei que escolhas trazem consequências, e consequências mudanças de conduta, ou estática comportamental... não importa. A questão é o cuidado com o qual devemos conduzir as decisões de forma a ter em mente sempre o objetivo maior a se atingir. Renúncias fazem parte da vida de todo grande conquistador de virtudes. Não somente renúncias óbvias em prol do clichê, mas renúncias que vão contra o que aparentemente se coloca no caminho do objetivo maior. É tudo questão de foco. Em primeiro lugar vão os trilhos... depois o trem, a atrás dele, a fumaça.


Let the timewarp begins...





*Another Brick in the Wall

*postado originalmente em 05/11/08




O que a reflexão nos ensina, a observação confirma perfeitamente. O homem selvagem e o homem politizado diferem de tal modo no fundo do coração e nas inclinações, que o que faz a felicidade suprema de um reduziria o outro ao desespero.

O primeiro só respira o repouso e a liberdade; só quer viver e ficar ocioso.
Ao contrário, o cidadão, sempre ativo, sua, agita-se, atormenta-se sem cessar para encontrar ocupações ainda mais laboriosas. trabalha até a morte, corre mesmo em sua direção para se colocar em condições de viver ou renuncia à vida para adquirir a imortalidade; corteja os grandes que odeia e os ricos que despreza; nada poupa para obter a honra de servi-los; gaba-se orgulhosamente de sua baixeza e de sua proteção e, vaidoso de sua escravidão, fala com desdém daqueles que não tem a honra de compartilhá-la.

Essa é, com efeito, a verdadeira causa de todas essas diferenças; o selvagem vive em si mesmo; o homem sociável, sempre fora de si, não sabe viver se não na opinião dos outros e é, por assim dizer, exclusivamente de seu julgamento que tira o sentimento de sua própria existência.

O homem selvagem, quando acabou de comer, está em paz com toda a natureza, e é amigo de todos os seus semelhantes. Se, algumas vezes, tem de disputar o seu alimento, não chega nunca ao extremo sem ter antes comparado a dificuldade de vencer com a de encontrar noutro lugar a sua subsistência; e, como o orgulho não se mistura ao combate, ele termina por alguns socos. O vencedor come e o vencido vai procurar fortuna noutra parte, e tudo está pacificado. Mas, no homem da sociedade, é tudo bem diferente; trata-se, primeiramente, de prover ao necessário, depois, ao supérfluo. Em seguida, vêm as delícias, depois as imensas riquezas, e depois súditos e escravos.

Comparai, sem preconceitos, o estado do homem civilizado com o do homem selvagem, e investigai, se o puderdes, como além da sua maldade, das suas necessidades e das suas misérias, o primeiro abriu novas portas à miséria e à morte. Se considerardes os sofrimentos do espírito que nos consomem, as paixões violentas que nos esgotam e nos desolam, os trabalhos excessivos de que os pobres estão sobrecarregados, a moleza ainda mais perigosa à qual os ricos se abandonam, uns morrendo de necessidades e outros de excessos; se pensardes nas monstruosas misturas de alimentos, na sua perniciosa condimentação, nos alimentos corrompidos, nas drogas falsificadas, nas velhacarias dos que as vendem, nos erros daqueles que as administram, no veneno do vasilhame no qual são preparadas; se prestardes atenção nas moléstias epidémicas oriundas da falta de ar entre multidões de seres humanos reunidos, nas que ocasionam a nossa maneira delicada do viver, as passagens alternadas das nossas casas para o ar livre, o uso de roupas vestidas ou despidas sem precauções, e todos os cuidados que a nossa sensualidade excessiva transformou em hábitos necessários, e cuja negligência ou privação nos custa imediatamente a vida ou a saúde; se puserdes em linha de conta os incêndios e os tremores de terra que, consumindo ou derrubando cidades inteiras, fazem morrer os habitantes aos milhares; em uma palavra, se reunirdes os perigos que todas essas causas acumulam continuamente sobre as nossas cabeças, sentireis como a natureza nos faz pagar caro o desprezo que temos dado às suas lições.

Dessa exposição resulta que a desigualdade, sendo quase nula no estado de natureza, tira sua força e seu crescimento do desenvolvimento de nossas faculdades e progressos do espírito humano, tornando-se enfim estável e legítima pelo estabelecimento da propriedade e das leis.

A mim é suficiente ter provado que esse não é o estado original do homem e que só o espírito da sociedade e a desigualdade que ela engendra modificam e alteram assim todas as nossas inclinações naturais.

"Todo homem nasce bom, a sociedade o corrompe" Jean Jacques Rousseau




...seja hora de repensar os nossos conceitos^^


"We don't need no education
We don't need no thought control

Hey! Teachers! Leave them kids alone!
All in all it's just another brick in the wall"

*Procura-se Mulheres

*postado originalmente em 29/10/08



Amáveis e virtuosas cidadãs, a sorte de seu sexo será sempre governar o nosso. Feliz quando seu casto poder, exercido na união conjugal, se fizer sentir para a glória da Família e consequentemente a felicidade pública! Assim é que as mulheres mandavam em Esparta e é assim que vocês merecem mandar em Genebra. Que homem bárbaro poderia resistir à voz da honra e da razão na boca de uma terna esposa? E quem não haveria de desprezar um luxo inútil, ao ver seu traje simples e modesto que, pelo brilho que recebe de vocês, parece ser o mais favorável à beleza? Cabe a vocês manter sempre, por seu amável e inocente império e por seu espírito insinuante, o amor às leis no Estado e a concórdia entre os cidadãos; cabe a vocês reunir, por meio de felizes casamentos, as famílias divididas, e, sobretudo, corrigir, pela persuasiva doçura das suas lições e pelas graças modestas de sua convivência, as extravagâncias que nossos jovens vão buscar em outros países, de onde, em vez de tantas coisas úteis de que poderiam tirar proveito, só trazem as mulheres perdidas, a admiração de não sei que pretensas grandezas, frívolas compensações da servidão, que jamais valerão a augusta liberdade. Sejam, pois, sempre o que vocês são, as castas guardiãs dos costumes e dos doces liames da paz. Continuem fazendo valer, em todas as ocasiões, os direitos do coração e da natureza em proveito do dever e da virtude.

Procura-se mulheres que guardem a pureza e a sabedoria como premissas maiores, e abram mão de toda loucura pós-moderna que atormenta as mentes mais sãs. Procura-se mulheres que usem seus corpos e sua mente para educar, amar com dignidade, e não como instrumento de perdição, insinuação e sedução para viabilizar a perda da moral e da razão. Procura-se mulheres que nao tenham desmereçam a sagrada função de auxiliar seus maridos e sobre eles depositarem sua confiança e auxiliarem com sabedoria a guiar seu coração. Procura-se mulheres que não achem servir menor do que mandar, que reconheçam valores verdadeiros e repudiem deturpações da justiça e da moral. Procura-se mulheres que amem com o coração e pensem com a razão, e não vice-versa.




"Sands are flowing and the lines are in your hand
In your eyes I see the hunger
And the desperate cry that tears the night

Spend your days full of emptyness
Spend your years full of lonliness
Waisting love in a desperate caress
Rolling shadows of nights"

*Love, Sex, Religion and stuff...

*postado originalmente em 07/10/08



"Se havia uma coisa que me irritava demais na minha infância eram respostas negativas sem explicação. Por exemplo. “Posso ficar até mais tarde na rua?”. Perguntava aos meus pais. “Não”. Respondiam eles. Tornava a perguntar. “Mas porque não?”. E o que eu ouvia era. “Porque não”, ou quando muito “Porque eu não quero e pronto”. Normalmente com essa frase a questão era encerrada e lá ia eu chorando, inconformado com a resposta que não havia me convencido. Será que poderia duvidar das boas intenções de meus pais? Seriam eles estraga prazeres? Claro que não. No fundo sabia que a intenção deles era me proteger, mas também sabia que a explicação poderia ter sido melhor.
Você já viveu uma situação semelhante? Já recebeu uma resposta que nunca o convenceu? Então você sabe do que eu estou falando.
O que eu quero dizer é que existem perguntas que exigem uma boa resposta, caso contrário correm o risco de não serem levadas a sério. Uma dessas questões é a que envolve a questão sexual. Quando alguém indagada a um cristão “porque seria pecado sexo antes do casamento” o que a maioria responde? “Porque a Bíblia diz que é pecado e pronto”. Ora essa resposta seria muito boa para alguns, principalmente para os crentes, mas para outros seria uma resposta como aquelas que eu recebia de meus pais quando era criança. Uma resposta que poderia ser melhor.
Mas então qual seria a melhor resposta?
Para responder a essa outra pergunta é necessário sabermos o que Deus pensa sobre o assunto, para isso peço que sejam consideradas três palavras: matrimônio, sexo e divórcio.
Primeiro vamos falar de matrimônio, mais conhecido como casamento. O escritor aos hebreus diz “o casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro, pois Deus julgará os imorais e os adúlteros”. Com isso a Bíblia destaca o valor do casamento não como uma instituição humana, mas divina. Mas o que seria casamento para Deus? Seria um registro no cartório civil? Seria uma cerimônia religiosa celebrada por um pastor ou padre? Nada disso. Para Deus o que valida, autentica e confirma o casamento é o sexo. As cerimônias com toda sua pompa e luxo não passam de invenções humanas herdadas da idade média onde a plebe sonhava trazer para sua realidade a suntuosidade dos casamentos que aconteciam nos palácios. Para Deus tudo é mais simples, Para Ele, sexo é casamento. Por isso está escrito em Gênesis “Deixará o homem seu pai e sua mãe e unir-se-á (sexo) a sua mulher e serão ambos uma só carne”.
Ora, se para Deus, sexo é casamento e casamento é sexo, eu só devo me relacionar sexualmente com alguém depois que estiver certo de ter encontrado alguém para assumir como minha esposa, e isso só deve acontecer quando houver amor.
Sexo que não é encarado como casamento é imoralidade, prostituição, egoísmo e pecado. Casamento é pacto, compromisso, aliança. Por isso, sem a certeza de que a outra pessoa faz parte de você, assim como você dela não deve haver sexo, pois uma vez tendo praticado sexo com alguém estarei casado com ela e uma vez casado não deve haver separação. Diz o profeta Malaquias “Eu odeio o divórcio, diz o Senhor”.
Sem amor não deve haver casamento (sexo), porque casamento (sexo) sem amor é pecado. E amor é muito mais que atração física, desejo, tesão. Essas coisas qualquer animal irracional sente (um cão sabe quando uma cadela está no cio), Pessoas precisam de relacionamentos mais profundos, duradouros, estáveis. Isso se não quiserem baixar ao nível dos animais, tais quais os “tigrões” e as “cachorras” que existem atualmente.
Se você não sabia como dar uma boa resposta a questões dessa natureza, eis um bom argumento."

*The Shadow Hunter

*postado originalmente em 19/09/08




... aqui nada tens a procurar, mas a perder.
Para que queres chafurdar neste lamaçal? Tem dó de teus pés! Cospe à porta da cidade e volta sobre teus passos!

Isto é um inferno para os pensamentos de solitários. Aqui se cozinham vivos os grandes pensamentos, aqui se reduzem a papa.
Aqui apodrecem todos os grandes sentimentos. Aqui só se pode ouvir o crepitar dos pequenos sentimentos de paixõezinhas ressequidas.

Não vês, penduradas, as almas, como frangalhos sujos? E desse frangalhos, porém, ainda se fazem periódicos!

Provocam-se sem saber porquê. Entusiasmam-se e não sabem porquê.
Sentem frio e procuram calor na aguardente. Estão todos infectados e contaminados pela opinião pública.

Aqui tudo se fala e nada se ouve. Embora uma pessoa anuncie seu saber a toques de campainha, os lojistas abafarão o som na praça pública com o ruído de suas moedas.

Entre eles tudo fala, mas ninguém sabe mais compreendeer. Tudo cai na água, mas nada cai em fontes profundas.

Entre ele tudo fala, tudo se divulga. E o que antigamente se chamava mistério e segredo das almas profundas, pertence hoje aos trombeteiros das ruas e outros tagarelas.

Todas as coisas já cacarejam, mas quem é que quer ficar ainda no ninho a chocar os ovos?

"Também sinto repugnância por esta grande cidade e não só deste louco. Aqui e acolá, nada há que melhorar, nada há que piorar."

*All You Distrust

*postado originalmente em 12/09/08




Na verdade, desconfio deveras de vossa pérfida beleza. Pareço-me com o amante que desconfia do sorriso meigo demais.
Como o ciumento repele a sua amada, terno até em sua dureza, assim eu afasto de mim essa hora de beatitude. Para longe de mim, hora de beatitude! Contigo tive felicidade, mesmo que não a quisesse! "A felicidade corre atrás de mim. A causa deve ser porque não corro atrás das mulheres. Ora, a felicidade é mulher".

É sua beleza que oculta o ídolo. Assim ocultas tuas estrelas. Não falas e assim me anuncias sua sabedoria. Não falamos porque sabemos demasiadas coisas. Calamos e um sorriso basta para revelar o que sabemos. Temos aversão a seres de meio termo, mistos, que não sabem a arte de bendizer nem de maldizer com todo o seu coração.
Eu cheguei a ser o que bendiz e diz Sim. Lutei muito tempo, tenho sido um lutador, a fim de um dia ter as mãos livres para abençoar. E minha bênção consiste em estar por cima de cada coisa como o céu com sua cúpula redonda, com sua abóboda azul e sua eterna segurança. E bem aventurado aquele que assim abençoa!
Porque todas as coisas são batizadas na fonte da eternidade e além do bem e do mal. Mas o bem e o mal mesmo não são mais que sombras passageiras, úmidas aflições e nuvens errantes.

"Em todas as coisas, uma só é impossível, a racionalidade!"
Um pouco de razão sem dúvida, um grão de sabedoria, disperso de estrela em estrela, é fermento indubitavelmente misturado a todas as coisas. Por causa da loucura a sabedoria se encontra misturada a todas as coisas! Um pouco de sabedoria é possível já, mas eu encontrei em todas as coisas esta feliz certeza: é com os pés do acaso que gostam muito mais de dançar. Gostam de desfilar suas línguas avontade, mas não conseguem sequer ver o vazio que os assombra no interior. Essas palavras não são para os seus ouvidos... e que continue a esplêndida Dança da Eternidade!

*Out of the Ashes

*postado originalmente em 25/08/08




Jamais compreenderemos o poder do amor, até que uma necessidade extrema nos obrigue a buscar no mais íntimo essa força que transpõe qualquer barreira e reverte qualquer situação.
É verdade que a força que o amor nos trará é diretamente proporcional ao quanto nos alimentamos de coisas boas, do quanto jogamos fora verdadeiros venenos que a vida cuidadosamente destila e coloca no nosso caminho, em um belo e perfumado frasco, pronto a ser bebido.
Mas a força que fazemos para resistir a essa tentação será inimaginavelmente ampliada e transformada em pureza, bondade e amor quando formos procurar dentro de nós mesmos as complementos para nossas fraquezas, ou refrigério para os sofrimentos e desilusões.
A verdadeira essência do amor se encontra na pureza da nossa alma, e consequentemente das nossas intenções e na transparência de nossas atitudes e pretensões. É impressionante o quanto nosso interior é moldado com o passar dos dias e dos anos.

O olhar de um velho inebriado por uma vida cheia de experiências, acertos e erros, sempre embasados pela bondade e pela verdade contempla as coisas mais simples com tamanha intensidade, que nos envergonharia por não compreender de onde ele consegue tirar aquele sorriso transparente, aquela aura de alegria que o envolve e é sentida claramente por quem quer que se aproxime.

A beleza da vida está dentro de nós, mas precisa ser conquistada, despertada, mas só será encontrada no momento em que nos tornarmos um com quem nos criou, encontrando o verdadeiro propósito da vida e do viver.

É sem medo de errar que digo que amo minha vida e as pessoas que fazem parte dela.



"Out of the ashes of my youth
- I rise a man
And through the eyes of truth
- I finally understand
The way"

*Who Cares?

*postado originalmente em 11/08/08




"Alguém disse que gosta das coisas que escrevo, mas não gosta do que penso sobre Deus. Não se aflijam. Nossos pensamentos sobre Deus não fazem a menor diferença. Nós nos afligimos com o que os outros pensam sobre nós. Pois que lhes digo que Deus não dá a mínima. Ele é como uma fonte de água cristalina. Através dos séculos os homens tem sujado essa fonte com seus malcheirosos excrementos intelectuais. Disseram que ele tem uma câmara de torturas chamada inferno onde coloca aqueles que lhe desobedecem, por toda a eternidade, e ri de felicidade contemplando o sofrimento sem remédio dos infelizes.

Disseram que ele tem prazer em ver o sofrimento dos homens, tanto assim que os homens, com medo, fazem as mais absurdas promessas de sofrimento e autoflagelação para obter o seu favor. Disseram que ele se compraz em ouvir repetições sem fim de rezas, como se ele tivesse memória fraca e a reza precisasse ser repetida constantemente para que ele não se esqueça. Em nome de Deus os que se julgavam possuidores das idéias certas fizeram morrer nas fogueiras milhares de pessoas.

Mas a fonte de água cristalina ignora as indignidades que os homens lhe fizeram. Continua a jorrar água cristalina, indiferente àquilo que os homens pensam dela. Você conhece a estória do galo que cantava para fazer nascer o sol? Pois havia um galo que julgava que o sol nascia porque ele cantava. Toda madrugada batia as asas e proclamava para todas as aves do galinheiro: “Vou cantar para fazer o sol nascer”. Ato contínuo subia no poleiro, cantava e ficava esperando. Aí o sol nascia. E ele então, orgulhos, disse: “Eu não disse?”. Aconteceu, entretanto, que num belo dia o galo dormiu demais, perdeu a hora. E quando ele acordou com as risadas das aves, o sol estava brilhando no céu. Foi então que ele aprendeu que o sol nascia de qualquer forma, quer ele cantasse, que não cantasse. A partir desse dia ele começou a dormir em paz, livre da terrível responsabilidade de fazer o sol nascer.

Pois é assim com Deus. Pelo menos é assim que Jesus o descreve. Deus faz o sol nascer sobre maus e bons, e a sua chuva descer sobre justos e injustos. Assim não fiquem aflitos com minhas idéias. Se eu canto não é para fazer nascer o sol. É porque sei que o sol vai nascer independentemente do meu canto. E nem se preocupem com suas idéias . Nossas idéias sobre Deus não fazem a mínima diferença para Ele. Fazem, sim, diferença para nós. Pessoas que tem idéias terríveis sobre Deus não conseguem dormir direito, são mais suscetíveis de ter infartos e são intolerantes. Pessoas que têm idéias mansas sobre Deus dormem melhor, o coração bate tranqüilo e são tolerantes.

Fui ver o mar. Gosto do mar quando a praia está vazia da perturbação humana, Nas tardes, de manhã cedo. A areia lisa, as ondas que quebram sem parar, a espuma, o horizonte sem fim. Que grande mistério é o mar! Que cenários fantásticos estão no seu fundo, longe dos olhos! Para sempre incognoscível! Pense no mar como uma metáfora de Deus. Se tiver dificuldades leia a Cecília Meirales, Mar Absoluto. Faz tempo que, para pensar sobre Deus, eu não leio teólogos; leio os poetas. Pense em Deus como um oceano de vida e bondade que nos cerca. Romain Rolland descrevia seu sentimento religioso como um “sentimento religioso”. Mas o mar, cheio de vida, é incontrolável. Algumas pessoas têm a ilusão que é possível engarrafar Deus. Quem tem Deus engarrafado tem o poder. Como na estória de Aladim e a lâmpada mágica. Nesse Deus eu não acredito. Não tenho respeito por um Deus que se deixa engarrafar. Prefiro o mistério do mar… Algumas pessoas não gostam do que penso sobre Deus porque elas deixam de acreditar que suas garrafas religiosas contenham Deus…"

_________________
Rubem Alves

*Genious Minds

*postado originalmente em 28/07/08




É realmente lamentável que a inteligência esteja tão subvalorizada hoje em dia... Em uma sociedade onde os heróis são atores e artistas...

(...)

Há algum tempo recebi um convite de um colega para servir de árbitro na revisão de uma prova. Tratava-se de avaliar uma questão de Física, que recebera nota zero. O aluno contestava tal conceito, alegando que merecia nota máxima pela resposta, a não ser que houvesse uma "conspiração do sistema" contra ele. Professor e aluno concordaram em submeter o problema a um juiz imparcial, e eu fui o escolhido.

Chegando à sala de meu colega, li a questão da prova, que dizia: "Mostre como se pode determinar a altura de um edifício bem alto com o auxilio de um barômetro”.

A resposta do estudante foi a seguinte: "Leve o barômetro ao alto do edifício e amarre uma corda nele; baixe o barômetro até a calçada e em seguida levante, medindo o comprimento da corda; este comprimento será igual à altura do edifício."

Sem dúvida era uma resposta interessante, e de alguma forma correta, pois satisfazia o enunciado. Por instantes vacilei quanto ao veredicto.

Recompondo-me rapidamente, disse ao estudante que ele tinha forte razão para ter nota máxima, já que havia respondido a questão completa e corretamente. Entretanto, se ele tirasse nota máxima, estaria caracterizada uma aprovação em um curso de física, mas a resposta não confirmava isso. Sugeri então que fizesse uma outra tentativa para responder a questão. Não me surpreendi quando meu colega concordou, mas sim quando o estudante resolveu encarar aquilo que eu imaginei lhe seria um bom desafio. Segundo o acordo, ele teria seis minutos para responder à questão, isto após ter sido prevenido de que sua resposta deveria mostrar, necessariamente, algum conhecimento de
física.

Passados cinco minutos ele não havia escrito nada, apenas olhava pensativamente para o forro da sala. Perguntei-lhe então se desejava desistir, pois eu tinha um compromisso logo em seguida, e não tinha tempo a perder. Mais surpreso ainda fiquei quando o estudante anunciou que não havia desistido. Na realidade tinha muitas respostas, e estava justamente escolhendo a melhor. Desculpei-me pela interrupção e solicitei que continuasse.

No momento seguinte ele escreveu esta resposta: "Vá ao alto do edifico, incline-se numa ponta do telhado e solte o barômetro, medindo o tempo t de queda desde a largada até o toque com o solo. Depois, empregando a fórmula h = (1/2) gt^2 , calcule a altura do edifício." Perguntei então ao meu colega se ele estava satisfeito com a nova resposta, e se concordava com a minha disposição em conferir praticamente a nota máxima à prova. Concordou, embora sentisse nele uma expressão de descontentamento, talvez inconformismo.

Ao sair da sala lembrei-me que o estudante havia dito ter outras respostas para o problema. Embora já sem tempo, não resisti à curiosidade e perguntei-lhe quais eram essas respostas. "Ah!, sim," - disse ele - "há muitas maneiras de se achar a altura de um edifício com a ajuda de um barômetro."

Perante a minha curiosidade e a já perplexidade de meu colega, o estudante desfilou as seguintes explicações. "Por exemplo, num belo dia de sol pode-se medir a altura do barômetro e o comprimento de sua sombra projetada no solo, bem como a do edifício". Depois, usando-se uma simples regra de três, determina-se à altura do edifício. "Um outro método básico de medida, aliás, bastante simples e direto, é subir as escadas o edifício fazendo marcas na parede, espaçadas da altura do barômetro. Contando o número de marcas ter-se a altura do edifício em unidades barométricas". Um método mais complexo seria amarrar o barômetro na ponta de uma corda e balançá-lo como um pêndulo, o que permite a determinação da aceleração da gravidade (g). Repetindo a operação ao nível da rua e no topo do edifício, tem-se dois g's, e a altura do edifício pode, a princípio, ser calculada com base nessa diferença. "Finalmente", - concluiu, - "se não for cobrada uma solução física para o problema, existem outras respostas. Por exemplo, pode-se ir até o edifício e bater à porta do síndico. Quando ele aparecer; diz-se: "Caro Sr. síndico, trago aqui um ótimo barômetro; se o Sr. me disser a altura deste edifício, eu lhe darei o barômetro de presente.".
A esta altura, perguntei ao estudante se ele não sabia qual era a resposta 'esperada' para o problema. Ele admitiu que sabia, mas estava tão farto com as tentativas dos professores de controlar o seu raciocínio e cobrar respostas prontas com base em informações mecanicamente arroladas, que ele resolveu contestar aquilo que considerava, principalmente, uma farsa. "Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto".

Albert Einstein

*Youth's Grave

*postado originalmente em 29/05/08



Ó imagens e visões de minha juventude! Vós todos, olhares de amor, momentos divinos! Como vos devenesceste depressa! Penso hoje em vós como em meus mortos.
De vós, mortos prediletos, chega até mim um suave pefume, um perfume que alivia o coração e faz correr lágrimas. Na verdade, esse perfume comove e alivia o coração do navegante solitário.

Nós éramos feitos para viver juntos, uns ao lado dos outros, vós que tendes a minha afeição, vós estranhas maravilhas! E tínheis vindo para mim e para meu desejo, não como tímidas aves, não, mas como confiantes em quem vos dava confiança!
Sim, feitos para a fidelidade como eu e para doces eterniades, terei agora de vos lembrar por vossa infidelidade, ó olhares divinos e momentos divinos! Ainda não aprendi outros nomes.

Foi para me matarem quevos estrangularam, aves cantoras de minhas esperanças! Sim, para vós, amados meus, a maldade sempre atirou suas flechas para me atingir o coração.
Vós não fostes continuamente o que de mais caro eu tinha, meu bem, minha posse? Por isso não tivestes de morrer jovens e prematuramente.
Para o mais vulnerável que havia em mim foi disparada a flecha.

Assim me falava em hora oportuna um dia minha pureza: "Para mim todos os seres deveriam ser divinos".
Então me assombrastes com imundos fantasmas.
"Todos os dias deveriam ser sagrados para mim". Assim me falava outrora a sabedoria de minha juventude.

Como cego foi que outrora percorri caminhos felizes.

Inexpressa e não libertada ficou minha mais elevada esperança! E todas as visões e todos os confortos de minha juventude morreram.
De que maneira o pude suportar? Como pude suportar e vencer semelhantes feridas? Como ressuscitou minha alma destes túmulos?
Sim, há algo invulnerável em mim,qualquer coisa que não se pode enterrar e que perfura os rochedos. Chama-se minha vontade. Taciturna, imutável, ela atravessa os anos.
Assim ainda estás aqui, viva e igual a ti mesma, ó vontade pacientíssima! Sempre e ainda conseguiste emergir de todos os túmulos! Em ti ainda vive o que não foi resgatado de minha juventude.

Sim, tu para mim ainda és destruidora de todas as supulturas. Salve, minha vontade! E somente onde já sepulturas é que há ressureições!

Assim cantava Zaratustra!"

domingo, 28 de junho de 2009

*Foolish Wisdom

*postado originalmente em 27/05/08




"Mas, que é sabedoria?" − eu respondi
pressuroso: "Ah! sim'. a sabedoria!
Estamos sedentos dela, e não nos
saciamos; olhamo−la através de uma
bruma; queremos alcançá−la através de
uma rede.
É formosa? Não sei. Até carpas mais
velhas, porém, se deixam colher por ela.
É versátil e obstinada: muitas vezes lhe
vi morder os lábios e eriçar o cabelo
com o pente.
Talvez seja má e falsa mulher em tudo;
mas, quando fala mal de si mesma, é
quando seduz mais".

*Victoria's Secret

*postado originalmente em 19/05/08


Bom... sei que não é muita gente que entra aqui, e que boa parte dos que entram são meus amigos e me conhecem... sabem o porque das coisas que escrevo sempre aqui.
Para os que me acham meio doido ou não entendem nada do porque de tantas críticas, entrem nesse site:

www.segredovirtual.com

infelizmente o que 99% das pessoas que entram lá querem, é se deleitar com relatos picantes e consequentemente contribuir para o número de casos infelizes ali narrados... ou levantar a auto-estima ao ver o que muita gente é por dentro, a despeito do que demonstra...
mas pra mim, esse site é apenas um espelho, um reflexo do buraco em que a humanidade tem mergulhado nos últimos tempos...
"mas sempre aconteceu isso" - você diz
talvez sim... mas nunca os valores estiveram tão invertidos e nunca tanta coisa esdrúxula foi tida como certa, aprovável e até mesmo legalizada por lei.
Fechar os olhos pra isso é consentir com a auto-destruição do homem como ser social.

"Enquanto andar com os homens, aquele que procura o conhecimento anda no meio de animais. O próprio homem é, para aquele que tem conhecimento, animal de faces rosadas.
(...)
Assim fala aquele que possui o conhecimento: Vergonha, vergonha, vergonha! Essa é toda a história do homem."

Há uma saída pra isso... eu a conheci... e desde então tento mostrar isso pra quem eu posso. Mas os ouvidos e olhos das pessoas estão afogados em seu próprio rascunho de vida, mergulhados no sistema que aprisiona, que dita e que escraviza.

Libertas Quae Sera Tamen.

*Young Lust

*postado originalmente em 09/05/08



"No mundo as melhores coisas nada valem se não houver alguém que as ponha em cena. O povo chama a esses encenadores de grandes homens. (...) O mundo gira em torno dos inventores de novos valores. Gira de modo invisível, mas é em torno dos comediantes que gira o povo e a fama: assim anda o mundo.
O comediante tem espírito, mas pouca consciência do espírito."
Assim Falava Zaratustra - Nietzsche

Você sentiu algum receio/medo ao ler essa passagem?
Pois eu sim.
Os conceitos, valores, bem e mal, verdade e mentira... tudo muda.
Mas será que deveria ser assim?

"O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; de modo que nada há novo debaixo do sol." Ec 1-9

Foi lendo uma frase dessas, num livro que já me provou N vezes que não é nada além da verdade, que parei pra pensar... De que adianta nosso esforço então? De que se aproveita do suor das nossas mãos, para onde vai um mundo desse que parece viver de modas, tendências e novos valores? Para onde vai essa era pós-moderna que se alimenta de relativizações, analogias, onde o bem não é bem e o mal não é mal, onde a verdade e a mentira andam juntas, sob a lâmina de uma navalha... Pessoas que nunca olham para trás, não procura aprender com os erros dos que já passaram por aqui pra viver? Pior que isso... as pessoas de hoje sequer se interessam por conhecer o que de mais sábio fez ou disse o homem em milhares de anos, antes de criar suas próprias idéias; ignorando solenemente milênios de experiência e sabedoria...

De que adianta anelar durante toda a vida por poder, fama, dinheiro, reconhecimento e sucesso, se tantos que os alcançaram se mostraram fracassados quando expostos em público? Falta de educação, de base, de amigos? Duvido muito.
Ao ler o começo do livro de Eclesiastes me deparei com o depoimento de um dos grandes homens de seu tempo...

"Fiz para mim obras magníficas. edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas.
Fiz para mim hortas e jardins e plantei neles árvores de toda espécie de fruto.
Fiz para mim tanques de águas, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores.
Adquiri servos e servas e tive servos nascidos em casa; também tive grande possessão de
vacas e ovelhas, mais do que todos os que houve antes de mim, em Jerusalém.
(...)
E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho
que eu, trabalhando, tinha feito; e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito e que proveito
nenhum havia disso debaixo do sol.
Então passei à contemplação da sabedoria."

O que faz um grande homem ao finalizar todo o seu grande, suado e árduo trabalho de uma vida?
O deixa para seu sucessor, seja filho, neto, servo de confiança ou quem seja.
Agora de que adianta isso, que homem tem ciência do coração de seu sucessor, quem sabe se será ele um sábio ou um tolo?
Batalhar, lutar ou viver por si mesmo é pura vaidade, é como lixo no fim das contas.
Tudo que fazemos por nós mesmos, morre conosco.
O valor que o trabalho de um homem sábio faz nesta vida é acrescentar e fazer diferença na vida de outras
pessoas. Os maiores mestres da história se caracterizaram por deixarem suas obras e filosofias vivas, através
da vida de seus discípulos (Sócrates, Freud, Kant, Gansdhi, Jesus, etc...). Ao contrário de grandes conquistadores
que amontoaram riquezas e vitórias banhadas a sangue e hoje não deixaram nada para nossa cultura, além de armas
enferrujadas em museus, páginas em livros de história e contos bárbaros para inspirar roteiros de filme.
Aquele homem que tem o fim em si mesmo, caminha para seu fim, para o esquecimento.

"What does a man gain from his work?
Under the sun where he labors

What is so good for a man in life?
During his days he's just like a shadow

Vanitas! Vanitas! Utters the oracle
A chasing after the wind

Meaningless! Meaningless searches for wisdom
Everything is in vain like your hunting for shadows"

*Wasted Love

*postado originalmente em 07/5/08



"Grande astro! Que seria da tua felicidade se te faltassem aqueles a quem iluminas?
Faz dez anos que te apresentas à minha caverna, e, sem mim, sem a minha águia e a minha
serpente, haver-te-ias cansado da tua luz e deste caminho.
Nós, porém, te aguardávamos todas as manhãs, tomávamos-te o supérfluo e bendizíamos-te.
Pois bem: já estou tão enfastiado da minha sabedoria, como a abelha quando acumula demasiado mel.
Necessito mãos que se estendam para mim. Quisera dar e repartir até que os sábios tornassem a gozar da sua loucura e os pobres, da sua riqueza.
Por essa razão devo descer às profundidades, como tu pela noite,
astro exuberante de riqueza quando transpôes o mar para levar a tua luz ao mundo inferior.
Eu devo descer, como tu, segundo dizem os homens a quem me quero dirigir."

"Zaratustra respondeu: "Amo os homens". "Pois por que - disse o santo - vim eu para a solidão? Não foi por amar demasiadamente os homens?
Agora amo a Deus; não amo os homens. O homem é, para mim, coisa sobremaneira incompleta. O amor pelo homem matar-me-ia

Não vás ao encontro dos homens! Fica no bosque! Prefere à deles a companhia dos
animais! Por que não queres ser como eu, urso entre os ursos, ave entre as aves?"
"E que faz o santo no bosque?", perguntou Zaratustra.
O santo respondeu: "Faço cânticos e canto-os, e quando faço cânticos rio, choro e murmuro. Assim louvo a Deus."

*In Quest For

*postado originalmente em 01/04/08




Todos estamos procurando por alguma coisa...
olhando para um futuro que desejamos... mesmo alguns que não se importam muito com ele, o ser humano apenas suporta o presente por esperar algo do futuro.

Um sonho realizado, uma semente frutificada, uma promessa cumprida...
nossa existência é sem dúvida uma história, uma aventura... protagonizada por nós mesmos, e tendo como coadjuvantes as pessoas que passam por nosso caminho...

Os cenários mais lindos, inesperados ou insólitos desenham o pano de fundo de nossa passagem pela Terra.

Roteiros dos mais variados podemos encontrar ao olhar pras pessoas à nossa volta...
Cada episódio vivido, cada momento passado, uma lembrança, que enfeita nosso nem sempre glorioso passado. O reflexo que ele traz no nosso interior pode e muitas vezes acaba influenciando o futuro.

Mas não precisa ser assim...
somos o que escolhemos ser.

"Here I stand to find the truth
and for ought I know
You're the one to show me
You can tell my spirit how to grow

No, the more I try
The more confusion on my mind
And no matter how I try
I feel my eyes seem to stay blind

ou're in quest for more to find the core
Your journey still ain't over
Your quest is your purpose, go on
You're in quest for more to find the core
It will be - never- over
Your quest is your purpose, go on ..."

*Till Death Do Us Part

*postado originalmente em 25/03/08



A palavra sucesso está diretamente ligada a comprometimento. Todo mundo sabe disso.
Mas o que poucas pessoas sabem, é que dependendo do tamanho do seu alvo, do seu objetivo ou da sua missão, o comprometimento necessário é o comprometimento incondicional.
Esse é o pensamento que distingue os que fracassam e caem pelo caminho dos que realmente chegam lá.
Estou falando do sucesso em forma genérica, mas sintam-se totalmente à vontade para aplicar isso no contexto em que lhes aprouver... vida financeira, sentimental, profissional ou espiritual.

Em relação a essa última, ouvi algo esse fim de semana que definitivamente caiu como uma luva pra mim. Se eu quero chegar aonde desejo, devo morrer pra mim mesmo.
E é o que eu aconselho a todos que desejam vencer esse "mundo" a fazer. Porque se você não ama incondicionalmente ao princípios, palavras e atitudes que o levam para o caminho estreito, certamente e/ou ocultamente, em seu coração haverá uma raiz de amor ao mundo. E é isso que te derrubará mais cedo ou mais tarde, em forma de concessões, questionamentos, pensamentos... Pensamentos que geram sentimentos, que geram ações, que geram resultados.

Analogamente, podemos comparar esse pensamento com o pensamento de heróis. Que se dedicam irrestrita e incondicionalmente a cumprir sua missão, a proteger quem ou o que deva, ou mesmo a fazer sua parte numa guerra, num todo. E é o nível do seu comprometimento que vai definir se você será um herói ou um derrotado. Quando os pensamentos que não te fortificam forem eliminados e sua mente trabalhar a favor unica e exclusivamente daquele objetivo, quase que misteriosamente as coisas começarão a acontecer de forma a fazer com que essa meta seja atingida.

"Até que se esteja comprometido, sobrevém a hesitação, a possibilidade de recuar, uma ineficiência permanente. Todo ato de iniciativa (e criação) responde a uma única verdade elementar, e desconhecê-la mata incontáveis idéias e esplêndidos planos: a partir do momento em que o indivíduo se compromete definitivamente, a Providência se move junto com ele. Toda uma cadeia de eventos emana da decisão do indivíduo, levando a seu favor todos os tipos de imprevistos, encontros e assistência material que ninguém jamais sonharia que pudessem ocorrer dessa maneira."

W. H. Murray (em uma de suas primeiras expedições ao Himalaia)

Essa foi a minha escolha... e não se iludam, neste mundo todos nós temos uma missão. Recebemos dons e talentos e posso afirmar que as pessoas mais felizes são aquelas que exploram ao máximo esses talentos... e as mais sábias são as que utilizam os mesmos para ajudar o maior número possível de pessoas...

"O propósito da nossa vida é acrescentar valor à vida das pessoas desta geração e das gerações seguintes." Buckminster Fuller

Eu repito: há uma razão para você estar vivendo nesse exato momento. No livro Fernão Capelo Gaivota, de Richard Bach, a certa altura o personagem pergunta "Como vou saber se complete a minha missão?" e resposta "Se você ainda respira é porque não terminou."
A escolha de cumpri-la ou não é realmente prerrogativa de cada um de nós.

"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus..." Rm. 8-28

"Live for tomorrow, die today.
No room for questions on our way"

Mais uma vez eu digo... escolham primeiro, tenham certeza do que querem,lembram-se que: O principal motivo que impede a maioria das pessoas de conseguir o que quer, é não saberem o que querem.
E pensem até onde estão dispostos a ir para conseguir isso.
E nunca é demais avaliar o quão louvável é o que vcs escolhem... aí já é da mente e discernimento de cada um ;)

*The Myth

*postado originalmente em 22/03/08



Vi um filme ontem...
já tinha visto, não é tão novo (de 2005) mas da primeira vez que vi, sabe-se-lá-porque não tinha prestado tanta atenção a elementos que sempre me marcam e me tocam nesses filmes...

A história se passa na época da China imperial, onde a princesa Ok-Soo deve ser levada de sua terra natal, na Coréia do Sul até a China, onde ela se tornaria concubina do Imperador Qin. O lí­der do exército que a conduzia era Meng Yi (Jackie Chan).
No meio do caminho acontecem vários problemas, tentativas de raptar a princesa, lutas, etc... e cumprindo sua missão, o general consegue resgatá-la com sucesso, mesmo que para isso ele perca tudo, arriscando a vida e tudo mais.
Bom, normalmente o que aconteceria era que ele se apaixonaria por ela e vice-versa e etc, como em todo bom filme água com açúcar e eles seriam felizes para sempre.

Mas não ali, não na China imperial. De acordo com a cultura deles (que dá um banho na nossa, pelo menos pra mim) não importava o sentimento, o magnetismo e nem mesmo o amor, mas sim o que era certo. A princesa seria do imperador queira ou não e aceita isso como sendo parte de seu destino. Ou seja, ela submete sua vontade (de ficar com o general) pelo seu dever (alguém sentiu um leve princípio de Kant aí­?). E mesmo que o general queira estar junto da princesa mais que o ar que respira, ele também submete seu sonho, sua vontade ao seu dever, e ordena que ela volte a sua cidade, para reaver seu povo, pois eles precisavam dela. Uma princesa naquela época representa muito mais que uma adolescente mimada e de vida fácil que nem sabe o que se passa fora dos portões do castelo como hoje em dia, mas ela representava esperança, paz e equilíbrio para todas aquelas pessoas.

Embora o coração daquela jovem ardesse de amor pelo general, ela renuncia a isso, por amor àquelas pessoas, e por respeito ao pedido dele, pra que ela voltasse.
E aliado a essa atitude totalmente louvável ela promete que esperaria ele voltar, o esperaria todo o tempo que fosse preciso. Algo que acontece também no filme Memórias de uma Gueisha, onde a protagonista, aos sete anos de idade recebe o único gesto de carinho e afeto de sua vida, e guarda seu coração anos e anos a fio para aquele mesmo homem, mesmo sem tê-lo visto por todo esse tempo.

Eu me pergunto: qual a moral que esses filmes de cultura oriental nos dão, face aos que estamos acostumados (e cansados) de ver sem parar, como Um Amor pra Recordar, Diário de uma Paixão, Como se Fosse a Primeira Vez, O Amor Pode dar Certo, Antes que Termine o Dia, etc etc etc etc??

Nos filmes que estamos acostumados a ver, o que acontece é que temos uma mulher, sem nada especial, conhecem homens praticamente sobre-humanos, que são bonitos, charmosos, inteligentes, ricos, sinceros, fieis e tudoqueumamulherpodequererousonharnomundo, e por uma manobra mágica do destino o homem começa a virar o mundo de cabeça pra baixo pra encantar a mulher, com atitudes que geralmente beiram o ridículo... e o que elas fazem por eles? nada.
se apaixonam, apenas. A mensagem passada pras expectadoras chorosas é que os homens são seres que vivem apenas para agradá-las, presentea-las, ama-las incondicionalmente sem receber nada em troca... no máximo um sorriso e alguns beijos.

Ridí­culo, não? pois é o que acontece.

Agora no filme que vi ontem, a mulher não se apaixona por juras de amor, presentes inimagináveis ou qualidades de um super-homem... ela se apaixona por um servo, um homem que se limita apenas a cumprir seu dever. A um homem que faz a coisa certa e coloca isso acima de sua vida. Ele não era um músico famoso, não era um rei ou presidente, não era artista de cinema, não era um estilista famoso, um empresário bem sucedido nem o capitão do time de futebol americano da escola... era um subordinado, um operário, um servo... mas era um homem de princípio, um homem de fibra.

Como isso se chama? HONRA!

Uma mulher de atributos invejáveis (nobreza, educação, pureza, beleza, bondade) se maravilha com aquele homem que apenas fez o que tinha que fazer sem pensar em si mesmo. A alguém que renunciou, que serviu.

Não vemos isso muito hoje em dia não?
Pois então...
Valores mortos na sociedade atual são imprescindí­veis na cultura deles, embora hoje em dia até mesmo esta, passa por processo de extinção, como tudo de bom que parece ainda existir nesse mundo. Lastimável.

Mas a mensagem que eu queria passar é essa.
Pensem bem o que estão procurando. Não se envolvam ou se dêem ao luxo de se apaixonar sem antes saberem o que querem ou o que valorizam; sejam sinceras consigo mesmas. Decidam-se primeiro. E CUIDADO com o tipo de valor que decidam escolher pra admirar, pois isso definirá o futuro de vocês pro resto da vida.
Existem escolhas das quais não podemos voltar atrás.

*Miracle?

*postado originalmente em 04/03/01




O homem tem uma necessidade inegável de ter um contato com o sobrenatural... Tem uma consciência subconsciente de que é incompleto, e precisa de algo para colocar nesse vazio. Ao perceber que nada atingível por seu próprio esforço poderá preenchê-lo, começa a procurar no sobrenatural a resposta para essa necessidade...

É nesse caminho que muitos se perdem, são enganados, induzidos e iludidos. Muitos perdem bens, pessoas, e até mesmo o rumo da vida.

Quem é que nunca quis presenciar um milagre? Algo que fuja da nossa compreensão racional inerente ao nosso ser, à nossa humanidade. Quem não se sentiria imensamente afortunado ao presenciar um magnífico episódio da intervenção divina no viver meramente carnal?

Quem nunca buscou respostas para perguntas que não foram ainda respondidas pela ciência, pela razão, pela filosofia? Quem nunca pensou pelo menos por um instante em que apenas a fé poderia o levar até o tesouro perdido?

Pois eu digo que muito aquém disso tudo estão os verdadeiros milagres.
Milagres não se resumem a curas inexplicaveis, acontecimentos paranormais, extrasensoriais ou a quebra de dogmas universais como as leis que regem nossa vida.

Num tempo onde a fé e o amor ao próximo estão perdendo espaço para o egocentrismo, necessidade de auto-afirmação e busca desenfreada pela felicidade a qualquer custo, ficou pra trás o que para nós é mais fundamental.

Milagre, hoje em dia, é uma criança escolher a escola às drogas, é uma mãe que sustenta os filhos sozinha, trabalha em dois empregos e ainda encontra tempo para levar as crianças ao parque. Milagre são jovens que decidem andar na contramão do sistema doente pregado por todos os meios de comunicação atuais. Milagre é uma pessoa que tem tudo para ser cheia de si mesmo renunciar ao seu conforto para ir falar do amor de Deus para os outros, aonde for, aonde precisarem dela. Milagre, para mim, é a busca do bem próximo, em detrimento do nosso próprio interesse; é amar quem te trata mal e bendizer quem te magoa. Milagre, é o que esse modo de vida narcisista atual tem nos roubado dia após dia.

Pois eu digo mais uma vez para os que ainda o buscam...

quer ver um milagre?
pois SEJA o milagre.

*s101

*postado originalmente em 03/03/08




"Cantarei a lealdade e a sua justiça.
A ti, Senhor, cantarei louvores!
quando virás ao meu encontro?
Em minha casa viverei de coração íntegro;
Repudiarei todo mal.
Odeio a conduta dos infiéis;
jamais me dominará!
Longe estou dos perversos de coração;
não quero envolver-me com o mal.
Farei calar ao que difama o próximo às ocultas.
Não vou tolerar o homem de olhos arrogantes e de coração orgulhoso.
Meus olhos aprovam os fiéis da terra, e eles habitarão comigo.
Somento quem tem vida íntegra me servirá.
Quem pratica a fraude não habitará no meu santuário;
o mentiroso não permanecerá na minha presença.
Cada manhã fiz calar todos os ímpios dessa terra;
eliminei todos os malfeitores da cidade do Senhor."









[anotherholywar]

*Dance Monkeys, Dance

*postado originalmente em 01/03/08



O homem natural: um ser solitário, possuidor de um instinto de autopreservação, dotado de sentimento de compaixão por outros de sua espécie. O homem natural vive o presente, é robusto e bem organizado, apesar de não possuir habilidades específicas, pode aprendê-las todas, é inocente não possuindo noções do bem e do mal e possui duas características que o distingue dos outros animais que são a liberdade e a perfectibilidade (capacidade de aperfeiçoar-se).
Vivendo em sociedade, com poucas necessidades e com condições de atendê-las o homem teria tudo para ser feliz. O homem natural é uma ficção criada por ele para explicar sua teoria, que tal homem não existiu em época alguma da história, portanto seu texto não estaria desta forma contrariando as escrituras sagradas.
No Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens Rousseau nos mostra um problema, a degeneração social provocada pelo distanciamento que o homem social está do homem natural.

A fonte de todos os males existentes no convívio humano está no próprio desenvolvimento da sociedade moderna. O homem natural basta a si mesmo e assim é feliz, enquanto o homem artificial depende do trabalho e da cooperação dos outros para encontrar a felicidade perdida, vivendo então em uma constante infelicidade.
A vida doméstica torna o homem, como os outros animais domesticados, mais fraco e medroso. Sendo assim, ao invés de satisfazerem seus desejos instintivamente, os humanos querem sempre mais do que lhes é suficiente, deixando que sua vontade comande seus comportamento, deformando os sentidos já saciados. Na natureza não há diferença significativa entre os indivíduos da mesma espécie, toda desigualdade surge do convívio social.

(...) O homem selvagem e o homem policiado diferem de tal modo, tanto no fundo do coração quanto nas suas inclinações, que aquilo que determinaria a felicidade de um reduziria o outro ao desespero. O primeiro só almeja o repouso e a liberdade, só quer viver e permanecer na ociosidade e mesmo a ataraxia do estóico não se aproxima de sua profunda indiferença por qualquer outro objeto. O cidadão, ao contrário, sempre ativo, cansa-se, agita-se, atormenta-se sem cessar para encontrar ocupações ainda mais trabalhosas; trabalha até a morte, corre no seu encalço para colocar-se em situação de viver ou renunciar à vida para adquirir a imortalidade; corteja os grandes, que odeia, e os ricos, que despreza; nada poupa para obter a honra de servi-los; jacta-se orgulhosamente de sua própria baixeza e da proteção deles, e, orgulhoso de sua escravidão, refere-se com desprezo àqueles que não gozam a honra de partilhá-la.



- http://www.youtube.com/watch?v=7vb1DbOK-9Y









ps: dêem os créditou a Rousseau :)

*Why?

*postado originalmente em 28/02/08


'amorpazbondadedicernimentopurezasantidadetemperaçapazfemisericórdia
humildadesolidariedadecaridadelonganimidaderedençãoesperançasalvação
dominiopropriograçaharmoniaperdãouniaofidelidadevidaeternaabundancia
porqueelesabandonamissoporquedesistemdecaminharseraqueseesqueceram?'








~ the ones who help to set the sun.

*Where's Matt?

*postado originalmente em 23/02/08





Aproveitando aí a onda dos últimos posts...
vale a pena ver essa brincadeira aqui.
Tá no meu orkut tb, mas pra quem não viu... vale a pena :)

Quando vi realmente pareceu só um vídeo bobo, uma dancinha boba... mas ao longo do vídeo, não sei pq, foi me dando um sentimento bom, despertando algo legítimo em mim. Comecei a pensar em toda aquela diversidade, em como nosso planeta é lindo, vendo toda aquela disparidade entre as culturas e as pessoas. Mas sempre que presentes, elas foram contagiadas por aquele simples gesto, abrindo sorrisos, se contagiando, se juntando a ele.

Isso me levou a afirmar o que eu sempre tentei pensar sobre as pessoas... que todo mundo tem um lado bom, que todo mundo só precisa de uma oportunidade, de uma orientação pra fazer a coisa certa.

Caramba, ninguém é ruim ou faz o mal por nada não. Ninguém se sente feliz quando faz da sua vida um livro de páginas negras e manchadas... Mas as vezes aquilo foi o que a vida levou a pessoa a se tornar, por não conhecer outro caminho, por não ter tido experiências válidas que as levassem a seguir o caminho da luz.

Enfim, espero que seja de alguma utilidade pra vcs tbm...


http://www.youtube.com/watch?v=bNF_P281Uu4







ps: by the way, se vcs viciarem na música como foi o meu caso e de boa parte das quase 9 milhões de pessoas que já viram o vídeo, aqui vai:
se chama Sweet Lullaby, da banda Deep Forest... joguem aí em qualquer e-mule, limewire, kazaa (isso ainda existe) da vida que vcs acham.
Mas aí vão se remoer e querer me matar pq a versão da banda é diferente da do vídeo, não tem aquela guitarrinha dahora, daí vão me procurar e vou falar que aquela versão do vídeo é uma especial feita pra ele, não tem como achar.
Mas então eu vou dizer: mas caaaalma, pois eu achei e aqui está :}~~~~~~

www.box.net/public/7jc2rgmzsf

*Heroes are made of...

*postado originalmente em 22/02/08




A razão fala sobre a forma severa do dever porque é preciso impor silêncio à natureza carnal, porque é preciso, ao preço de grande esforço, submeter a humana vontade à lei do dever.
O mérito moral é medido precisamente pelo esforço que fazemos para submeter nossa natureza às exigências do dever.
A virtude e a felicidade quase não estão juntas, neste mundo em que, de um modo geral, os maus são muito prósperos.
Ser moralmente obrigado é ter o poder de responder sim ou não à regra moral, é ter a liberdade de escolher entre o bem e o mal.
Ter o poder de responder a esse chamado gera uma grande, pesada e aparentemente ingrata responsabilidade de submeter sua vida a isso.

Sem volta, sem pensar, sem se arrepender...

E assim nascem os verdadeiros heróis

*Worth The Day

*postado originalmente em 19/02/08



É realmente incrível como podemos aprender coisas diferentes passando por experiências tão semelhantes... É incrível como achamos já saber lidar com certas coisas quando não sabemos... É incrível ver a força que vc pode ter quando acha que não tem mais... E é incrível o quanto você vê que vale a pena passar por tudo que tem que passar.

Eu acredito em destino... Acredito que realmente devemos passar por experiências que vão nos tornar o que devemos nos tornar para que estejamos prontos e cumprir nosso objetivo, nosso propósito nesta vida. Mas acredito também, que a vida é feita de escolhas, e as escolhas afetam nosso fututo. E são elas que definem se vamos ou não estar aptos a cumprir nosso desígnio durante o tempo que nos resta aqui.

Acredito também, que a verdade e a mentira, o bem e o mal, são absolutos, únicos, irrelativos. Acredito que escolher um dos dois lados faz toda a diferença, e que mesmo que uma atitude omissiva, define por qual caminho vc está trilhando. Creio que é dura a sina daquele que escolhe o bem, a verdade e o amor acima de tudo. Sofrimento e perseguições são corriqueiras, bem como a chance de escorregar pelo caminho. Mas o que conta não é o caminho... é o que tem após a linha de chegada...

E bem mais fácil que tomar uma decisão cega, é ouvir o que tem a dizer quem já passou por isso:

"Quanto a mim, os meus pés quase se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos.
Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios.
Eles não passam por sofrimento e tem o corpo saudável e forte. Não se acham em trabalhos como outra gente, nem são afligidos como outros homens.
Pelo que a soberba os cerca como um colar...
Erguem a sua boca contra os céus, e a sua língua percorre a terra.
Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração e lavado minhas mãos na inocência. Pois todo o dia tenho sido afligido e castigado cada manhã.
Quando pensava em compreender isto, fiquei sobremodo perturbado; até que entrei no santuário de Deus e entendi o fim deles.
São como um sonho que se vai quando acordamos; quando te levantares, Senhor, os fará desaparecer.
Pois eis que os que se alongam de ti perecerão.
Mas, para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus toda a minha confiança no Senhor, para anunciar todas as tuas boas obras."

Resumindo...
é difícil, mas é o certo.
Não sei quanto a vocês... mas para mim, isso... apenas isso, basta!

Todo grande campeão, seja nos negócios, no esporte, na vida... aconselham a todos que a persistência e determinação são ingredientes fundamentais para permanecer na luta, no caminho da vitória. O maior vencedor é aquele que vê na queda, uma excelente oportunidade para se levantar novamente. E é isso que faz toda a diferença.

Eu digo, sem a menor sombra de dúvidas que a melhor frase pra se dizer num momento desses é: "Nada como um dia após o outro!"

*Innocence Faded

*postado originalmente em 11/09/07



"Until the circle breaks and wisdom lies ahead
the faithful live Awake
the rest remain misled

Innocence faded
the mirror falls behind you
Cynically jaded
The child will crawl to find you"

Dias atrás me deparo com essa cena linda, única, poética diante dos meus olhos. Como eu gostaria de poder parar naquele momento e deixar aquela imagem ludibriar meu olhar e embalar meu pensamento por mais alguns longos minutos...
Isso me levou a refletir o quanto precisamos disso em nossas vidas... o quanto o amor, em seu estado mais puro está em extinção. Quantas pessoas, famílias, sociedades, países... passam seus dias a fio, deixando se esvair o que de mais precioso temos na vida? Estamos sendo furtados do que nos torna humanos, do que resgata o que temos de melhor dentro de nós... Coisas que vem sendo reprimidas e indiscriminadamente roubadas por costumes que adotamos; cada vez mais egoístas, cada vez mais imediatistas, cada vez mais objetivistas. Levamos a vida tentando nos tornar mais belos, mais fortes, mais inteligentes, mais cultos, mais vividos, mais maduros; enquanto muitas vezes as respostas que mais buscamos estão do lado oposto. Encontraríamos muito do que procuramos na busca pelo sentido da vida na simplicidade, na pureza, na inocência. Não damos mais valor a um sorriso, a um gesto fraterno, a uma conversa com nossos pais, avós ou amigos do coração.
Estamos ocupado enchendo nossas mentes com valores distorcidos, com princípios egoístas, achando que aquilo vai nos preencer, que aquilo vai nos trazer a tão sonhada felicidade. Eu digo com convicção que a felicidade, a despeito do que muitos pensam, não é algo que o homem tenha capacidade de conseguir por si só. Ela é algo que só pode ser colocada dentro de nós. E isso vai depender das coisas que nos alimentam, da fé que há em nós.
Eu digo que o homem é aquilo que seus olhos obsorvem. Nosso subconsciente tem poder devastador pra nossa mente. Tudo que vemos, concordando ou não com aquilo, fica armazenado dentro de nós, aguardando uma oportunidade pra se manifestar. Podemos achar tudo aquilo que vemos num filme ou numa (argh) novela errado, ridículo, etc... Mas acabamos por nos surpreender com algumas reações que temos em momentos de fraqueza.
Nossa natureza vai sempre nos levar para o lado errado, já dizia o sábio Immanuel Kant:
"A vontade que tem por fim o prazer, a felicidade, fica submetida às flutuações de minha natureza. O mérito moral é medido precisamente pelo esforço que fazemos para submeter nossa natureza às exigências do dever."
Lutem contra o que é imposto como certo, não se amoldem ao padrão vil e perverso que o mundo nos impõe. Porque assim, daqui a não muito tempo, não teremos mais a oportunidade de presenciar cenas lindas como a que eu vi esse feriado.
Não vamos abaixar a cabeça pra isso como temos feito pras atrocidades cometidas pelo governo e pelos crimonosos, não vamos nos calar nem fingir que não é com a gente dessa vez. Pois é esse tipo de corrompimento que gera todos os outros. Os assassinatos hediondos por motivo fútil e com requintes de crueldade, os milhões de rombo nos cofres públicos, as crises sem fim na sociedade são meras consequência da deturpação dos valores humanos. São apenas o respingo da água que derreteu do iceberg. Conversem com uma pessoa mais velha que seja um exemplo pra você... pergunte o que de mais precioso ela disperdiçou durante a vida. Eu fiz isso... e ouvi: o tempo! O tempo não volta, o tempo não nos permite fazer consertos ou ressalvas... o que foi feito está feio, o que foi vivido está vivido e não volta mais. Pense bem nos frutos daquilo que vc faz com seu tempo... se vc investe seus esforços em algo louvável, em algo que vai deixar algo de positivo pra quem está pra chegar aqui nesse mundo. Tente ser o tipo de pessoa da qual seus filhos, netos, vão lembrar de vc com alegria, orgulho, respeito. Deixe algo para ser continuado, ou sua vida corre o sério risco de perder o sentido... e com ele, o rumo. Muita gente a perde por inteiro tentando encontrar essas coisas... e falha miseravelmente. Não por maldade, mas por ignorância... por não saber que já há um rumo, já há um objetivo.

Pensem nisso, apliquem isso em suas vidas... eu garanto... garanto, podem cobrar de mim... que isso dá resultado. Prático, verdadeiro... diferente das mentiras que engolimos todos dia uma atrás da outra :

"...tudo que é verdadeiro, tudo o que é honesto,tudo o que é justo,tudo o que é puro,tudo o que é amável,tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." Fp 4:8

*Sea of Tranquility

*postado originalmente em 31/08/07





Um homem de negócios americano, no ancoradouro de uma aldeia da costa mexicana, observou um pequeno barco de pesca que atracava naquele momento trazendo um único pescador. No barco, vários grandes atuns de barbatana amarela. O americano deu os parabéns ao pescador pela qualidade dos peixes e perguntou-lhe quanto tempo levara para os pescar.
- Pouco tempo, respondeu o mexicano.

Em seguida, o americano perguntou por que é que o pescador não permanecia no mar mais tempo, o que lhe teria permitido uma pesca mais abundante.
O mexicano respondeu que tinha o bastante para atender às necessidades imediatas da sua família.
O americano voltou a carga:
- Mas o que é que você faz com o resto do seu tempo?

O mexicano respondeu:
- Durmo até tarde, pesco um pouco, brinco com os meus filhos, tiro a siesta com a minha mulher, Maria, vou todas as noites à aldeia, bebo um pouco de vinho e toco viola com os meus amigos. Levo uma vida cheia e ocupada senhor.


O americano assumiu um ar de pouco caso e disse:
- Eu sou formado em administração em Harvard e poderia ajudá-lo. Você deveria passar mais tempo a pescar e, com o lucro, comprar um barco maior. Com a renda produzida pelo novo barco, poderia comprar vários outros. No fim, teria uma frota de barcos de pesca. Em vez de vender pescado a um intermediário, venderia directamente a uma indústria processadora e, no fim, poderia ter sua própria indústria. Poderia controlar o produto, o processamento e a distribuição. Precisaria de deixar esta pequena aldeia costeira de pescadores e mudar-se para a Cidade do México, em seguida, para Los Angeles e, finalmente, para Nova York, de onde dirigiria a sua empresa em expansão.

- Mas, senhor, quanto tempo isso levaria? - perguntou o pescador.
- Quinze ou vinte anos - respondeu o americano.
- E depois, senhor?
O americano riu e disse que essa seria a melhor parte.
- Quando chegar a ocasião certa, você poderá abrir o capital da sua empresa ao público e ficar muito rico. Ganharia milhões.

- Milhões, senhor? E depois?

- Depois - explicou o americano - você aposentar-se-ia. Mudar-se-ia para uma pequena aldeia costeira, onde dormiria até tarde, pescaria um pouco, brincaria com os netos, tiraria a siesta com a esposa, iria à aldeia todas as noites, onde poderia beber vinho e tocar violão com os amigos...

-Ah...




(...)

-livro do dia recomendado pelo titio:
Jean Jacques Russeau - “Discursos sobre a Origem das Desigualdades entre os Homens”