Followers

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Inner Peace pt. II




Apenas complementando o post anterior... algumas linhas que se seguiram e entendi serem pertinentes:

"Assim, para a felicidade de nossa vida, aquilo que somos, nossa personalidade, é absolutamente primária e essencialTudo confirma que o subjetivo é incomparavelmente mais essencial à nossa felicidade e prazer que o objetivo, desde dizeres como Fome é o melhor tempero, Juventude e Idade não podem viver juntas, até a vida do gênio e o santo. A saúde sobrepuja os demais bens externos de tal forma que se pode dizer que um mendigo saudável é mais feliz que um rei enfermo. Um temperamento sereno e alegre, feliz em gozar de uma saúde perfeita, uma compreensão nítida, vivaz e penetrante, que vê as coisas corretamente, uma vontade moderada e suave, e, portanto, uma boa consciência – essas são vantagens que nenhuma
posição ou riqueza podem compensar ou substituir. Pois aquilo que um homem é por si mesmo, aquilo que o acompanha em sua solidão e aquilo que ninguém pode proporcionar ou subtrair, obviamente, lhe é mais essencial que tudo o que possui, ou mesmo ao que pode ser aos olhos dos outros. Um homem de intelecto, em completa solidão, encontra um excelente entretenimento em seus próprios pensamentos e imaginação, enquanto a contínua diversidade de festas, peças, excursões e diversões é incapaz de proteger um tolo das torturas do tédio. Um indivíduo bom, moderado, brando pode ser feliz em circunstâncias adversas, enquanto outro, ambicioso, invejoso e malicioso, mesmo sendo o mais rico do mundo, sente-se miserável. De fato, para o homem que desfruta da constante satisfação de uma individualidade extraordinária e intelectualmente eminente, a maioria dos prazeres perseguidos pela humanidade é simplesmente supérflua; são apenas um estorvo e um fardo. Assim, Horácio diz de si próprio:

Gemmas, marmor, ebur, Tyrrhena sigilla, tabellas,
Argentum, vestes Gaetulo murice tinctas,
Sunt qui non habeant, est qui non curat habere;


[Marfim, mármore, berloques, estátuas terrenas, pinturas, prataria, roupas tingidas de púrpura getuliana,
Muitos passam sem tais coisas, outros sequer se importam. (Epistulae, II.2.180.)]


e quando Sócrates viu vários artigos de luxo postos à venda, disse: Quantas coisas há no mundo das quais não preciso!

Assim, para a felicidade de nossa vida, aquilo que somos, nossa personalidade, é absolutamente primária
e essencial" Arthur Schopenhauer em sua obra: Aforismos para a Sabedoria de vida

Nenhum comentário: